Nova gestão da FTX processa SBF, ex-CEO da exchange

FTX acusa Sam Bankman-Fried de fraude mencionando transações suspeitas

A FTX causou um verdadeiro emaranhado jurídico ao acusar seu fundador, Sam Bankman-Fried (SBF), e outros personagens centrais de uma das maiores fraudes financeiras da história. A nova liderança da FTX, agora comandada por John Ray, está buscando recuperar mais de um bilhão de dólares supostamente desviados antes do colapso financeiro da empresa.

Segundo a ação movida, SBF e sua equipe, incluindo o ex-diretor de tecnologia, Gary Wang, e o ex-diretor de engenharia, Nishad Singh, arquitetaram um esquema de desvio de fundos ao longo de quase três anos, de fevereiro de 2020 a novembro de 2022. Eles teriam canalizado recursos do FTX para financiar projetos paralelos, bens de luxo, contribuições políticas, entre outros.

As acusações contra o ex-CEO

Dentre as alegações, uma das mais graves se refere à aquisição de ações da Robinhood Markets. SBF e Wang teriam desviado uma soma considerável de US$546 milhões para este fim, comprometendo assim o patrimônio da FTX. A nova gestão também alega que Caroline Ellison, que liderou o hedge fund de pesquisa de Alameda de Bankman-Fried, usou fundos desviados para pagar um bônus de US$28,8 milhões para si mesma.

Além disso, existe outra controvérsia ao redor do alegado “presente” de US$10 milhões dado por Bankman-Fried ao seu pai. O processo alega que esses fundos foram desviados de usuários, e como se não bastasse, é o capital que está sendo usado para financiar a defesa criminal de Bankman-Fried.

A nova FTX argumenta que todos esses movimentos de fundos foram realizados enquanto a empresa estava insolvente, algo que os réus supostamente sabiam. Esta situação violaria a lei de falências dos EUA, configurando uma declaração de falência fraudulenta. 

O futuro de SBF e dos clientes da FTX

Além desse processo, a nova gestão reorganizou completamente os recursos da empresa, e está bucando recuperar, juntamente da Alameda, cerca de US$71 milhões das ramificações filantropicas da FTX, que também serão destinados aos clientes.

Embora Ellison, Wang e Singh tenham se declarado culpados e concordado em cooperar com os promotores, Bankman-Fried se declarou inocente. As repercussões dessas alegações serão vistas nos próximos meses, pois o julgamento de Bankman-Fried está marcado para outubro. Em janeiro, circulavam nas redes sociais afirmações de que o julgamento poderia resultar em uma sentença de até 115 anos. 

Este caso trouxe à tona importantes questões sobre governança corporativa e controle interno em empresas de criptomoedas, deixando clara a necessidade de estruturas de controle mais robustas para proteger os interesses dos investidores e usuários.

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