A digitalização das finanças tem avançado em todo o mundo. Nesse contexto, o presidente russo, Vladimir Putin, sancionou uma lei nesta segunda-feria (24 de julho), que autoriza a introdução dessa moeda digital centralizada do banco central (CBDC), representando um marco na economia russa. Com sua entrada em vigor prevista para 1º de agosto de 2023, o Rublo digital entrará em circulação como a terceira forma de dinheiro na Rússia, juntando-se ao Rublo em espécie e não em espécie.
A estrutura do rublo digital
Um dos aspectos fundamentais dessa novidade é o papel central do Banco da Rússia, que se torna o principal operador da infraestrutura do Rublo digital. Com essa responsabilidade, o banco supervisionará todos os ativos armazenados na moeda digital, além de conduzir o primeiro teste piloto do CBDC já em agosto deste ano.
O Artigo 3 da lei, efetivado a partir de agosto do próximo ano, traz emendas a várias leis federais russas, inclusive relacionadas à falência e herança. Embora a lei sancionada tenha sido precedida por atrasos na regulamentação das criptomoedas pelos legisladores russos, a aprovação final na Duma Estatal, a câmara baixa do parlamento russo, em 11 de julho, significou uma virada de jogo.
Ao contrário de muitas preocupações que surgiram durante a fase de formulação da lei, a adesão ao Rublo digital será voluntária. Não há expectativa de que salários e pensões sejam convertidos obrigatoriamente para a moeda digital. Além disso, o Rublo digital não terá data de validade.
O papel do novo CBDC
Na opinião de Olga Skorobogatova, vice-governadora do Banco da Rússia, o Rublo digital se configura como uma alternativa mais conveniente e econômica para indivíduos e empresas. A adoção em massa, porém, não é esperada antes de 2025 ou 2027.
Essa movimentação da Rússia no universo das criptomoedas sinaliza um passo significativo na exploração da tecnologia blockchain, um indicativo de que, mesmo em um mercado em evolução, a digitalização financeira continua sendo uma aposta segura. A introdução do Rublo digital ilustra o contínuo avanço das CBDCs na economia global, um caminho que, embora repleto de desafios, aponta para um futuro financeiro cada vez mais digitalizado.