Nesta última quarta-feira (23), enquanto a hashrate do Bitcoin (medida do poder computacional da rede, que indica quantos cálculos são realizados por segundo na mineração) está próxima às máximas históricas, indicando altos níveis de atividade de mineração, o nível da dificuldade de mineração do Bitcoin alcançou novas máximas, de acordo com dados do CoinWarz.
O que é a dificuldade de mineração?
A dificuldade de mineração é uma métrica que indica quão desafiador é para os mineradores resolver os problemas matemáticos necessários para minerar um novo bloco. Essa dificuldade ajusta-se automaticamente a cada duas semanas, dependendo da quantidade total de poder computacional participando na rede. Quanto menos tempo se leva para minerar um bloco, evento que pode ser ocasionado por uma melhora do equipamento de mineração, maior a dificuldade da mineração se torna.
O objetivo dessa variável é garantir que um bloco seja minerado a cada 10 minutos. Se os mineradores estão conseguindo minerar um bloco em menos de 10 minutos, a dificuldade aumenta, e vice-versa.
A hashrate, por sua vez, mede a potência computacional da rede Bitcoin. Quanto maior a hashrate, maior é a segurança e o poder computacional da rede. Uma hashrate alta também pode ser um indicativo de uma dificuldade de mineração atual elevada. Atualmente, ela se aproxima da máxima histórica, ultrapassando 400 exahashes por segundo (EH/s).
Causas e efeitos do aumento na dificuldade
Apesar de uma queda de 10% no preço do Bitcoin na última semana, a confiança dos mineradores não foi abalada. Ou seja, essa resiliência é evidenciada pela continuidade do crescimento de poder computacional na rede, mesmo perante aumento da dificuldade de mineração, que recentemente ultrapassou 55.62 trilhões de hashes. Essa continuidade indica que os mineradores não estão desacelerando seus equipamentos.
Em contraste com o pessimismo de alguns investidores, os mineradores parecem apostar no longo prazo. O saldo das carteiras dos mineradores tem crescido continuamente, indicando que estão acumulando o ativo.
Além desses fatores, os custos operacionais também crescem, o que também torna a mineração de Bitcoin menos eficiente. Por exemplo, no Texas, os preços da energia dispararam 6.000% na última semana. No entanto, até lá a determinação dos mineradores permanece inabalada.
Portanto, um setor de mineração inabalado perante à crescente dificuldade de mineração, junto com uma hash rate próxima a máximas históricas, reforça o compromisso dos mineradores e a robustez do protocolo Bitcoin.
