Brasil começa a usar blockchain para emitir identidade nacional

A identidade nacional será emitida com a mesma tecnologia que deu vida ao bitcoin e ao mercado cripto.

O Brasil começou a usar a tecnologia blockchain para o processo de gerenciamento de dados da Carteira de Identidade Nacional (CIN). De acordo com anúncio da Serpro, a mudança foi implantada nesta segunda-feira (25).

Assim, utilizando a mesma tecnologia que dá vida ao bitcoin, a identidade ganhou uma versão criada a partir da blockchain. Na verdade, o documento digital faz parte de um banco de dados chamado Cadastro Compartilhado da Receita Federal.

Esse banco de dados é gerenciado através da blockchain, e por isso a carteira de identidade nacional usará a mesma tecnologia que faz parte dos principais projetos do mercado cripto.

Identidade emitida via blockchain

A carteira de identidade nacional é desenvolvida por um sistema de gerenciamento de informações compartilhado entre a Receita Federal do Brasil (RFB) e os Órgãos de Identificação Civil (OICs).

Sendo assim, com o novo cadastro compartilhado a identidade digital será criada usando a blockchain para validar os dados dos brasileiros. Em nota, o presidente da Serpro, Alexandre Amorim, explicou quais são as vantagens de usar a tecnologia em um sistema de cadastro de informações da população.

Portanto, ele fala que isso será capaz de prevenir até fraudes, pela tecnologia blockchain apresentar uma forte proteção para dados. Além disso, o novo sistema pode oferecer também mais segurança para os brasileiros.

“A tecnologia blockchain desempenha um papel fundamental na proteção dos dados pessoais e na prevenção de fraudes, proporcionando uma experiência digital mais segura para os cidadãos brasileiros. O uso da plataforma blockchain b-Cadastros é um grande diferencial para a segurança e a confiabilidade do projeto da Carteira de Identidade Nacional.”

CPF usará mesma tecnologia

A carteira de identidade nacional emitida via blockchain será apenas o primeiro documento criado com a tecnologia. A Serpro orienta que outros documentos podem ser alterados pela blockchain, como o Cadastro de Pessoa Física (CPF).

Com isso, o CPF foi adotado como número de identificação nacional para os cidadãos. Assim como a carteira de identidade nacional, o CPF será gerenciado pelo Cadastro Compartilhado da Receita Federal, explica o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Rogério Mascarenhas.

“O uso da tecnologia blockchain é mais uma evolução importante do projeto da CIN. Traz mais consistência no serviço prestado, rastreabilidade, segurança e independência dos estados nesse processo, além de novas funcionalidades que beneficiam o cidadão, como a inscrição do CPF direto no balcão do Órgão de Identificação.”

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