Um relatório recente da Circle, empresa responsável pela emissão do USDC, aponta que o mercado de stablecoins movimentou cerca de US$ 7 trilhões em valor no ano passado. Este valor representa cerca de metade do montante total liquidado pelas gigantes Visa e Mastercard.
A Circle é responsável por emitir e gerenciar o USDC, segunda maior stablecoin do setor e sétimo maior criptoativo do mercado. O criptoativo possui atualmente mais de US$ 24 bilhões em valor de mercado.
A empresa também aponta para a América Latina, que demonstrou um crescimento grande nas movimentações com stablecoins. Esta informação está alinhada com um estudo da Mastercard, que afirma que “51% dos consumidores da América Latina já realizaram transações com criptoativos.”
“Cada vez mais latino-americanos demonstram interesse pelas criptomoedas e desejam soluções que facilitem o acesso ao mundo cripto. Na Mastercard, estamos desenhando essas soluções para ampliar a inclusão digital e fortalecer alianças que garantam operacionalidade e suporte”, afirmou Walter Pimenta, executivo da Mastercard.
De fato, há grande demanda por stablecoins na América Latina, visto que a região vem sendo marcada historicamente por moedas fracas emitidas pelos governos locais. Diversos países, como Brasil, Argentina e Venezuela passaram por hiperinflação em sua história.
Dessa forma, as stablecoins podem ser uma forma simples de se proteger contra a inflação através de moedas estrangeiras, como o dólar americano.
Potencial das stablecoins
As stablecoins estão rapidamente se tornando pilares importantes para a economia mundial, com o setor ultrapassando a expressiva marca de US$ 100 bilhões em capitalização de mercado.
As stables rastreiam o preço de moedas fiduciárias, de modo a unir o mercado tradicional com a tecnologia das blockchains. Esta integração proporciona uma maior transparência, segurança e eficiência para os mercados financeiros.