Um endereço originado da mineração do Bloco Gênesis do Bitcoin recebeu 26,917 BTC’s no último dia 3 de janeiro. Coincidentemente, a transferência ocorreu no dia em que o Bitcoin completou 15 anos de existência.
Mas afinal, o que está por trás dessa transação?
É importante destacar que esta não é a primeira transação que o endereço em questão recebe. O endereço conta com 99.676 bitcoins, que incluem as 50 moedas geradas a partir da mineração, além de valores enviados ao longo dos últimos anos.
Estas transações podem ser consideradas um tipo de ‘queima’ de bitcoins, visto que eles provavelmente nunca mais poderão voltar à circulação. Isso ocorre pois existem questões que impedem que o saldo do bloco gênesis seja gasto.
Além disso, Satoshi Nakamoto provavelmente nunca mais deverá aparecer publicamente, ou movimentar as moedas iniciais da rede. Portanto, estas transações podem ser consideradas um tipo de ‘doação’ para todos os detentores de bitcoin, visto que torna o ativo mais escasso, ao eliminar moedas de circulação.
Bitcoins de Satoshi Nakamoto
Estima-se que Satoshi Nakamoto tenha acumulado mais de 1 milhão de bitcoins durante o período em que se fez presente no desenvolvimento do protocolo. Até o momento, nenhuma venda das moedas de Satoshi foi identificada.
Muito provavelmente, as moedas do criador da rede nunca serão movidas, como forma de preservar o seu anonimato. Caso ainda esteja vivo, é natural pensar que Satoshi acumulou mais moedas para si ao longo dos anos.
Caso o Bitcoin continue crescendo exponencialmente em valor, Satoshi pode potencialmente se tornar o homem mais rico do mundo, tudo isto de forma anônima.
O fato das moedas de Satoshi permanecerem imóveis é uma evidência de que o cientista australiano Craig Wright provavelmente não criou o Bitcoin, conforme ele vem alegando nos últimos anos. Uma movimentação dos endereços seria uma prova criptográfica da verdadeira identidade de Satoshi.
