A exchange de criptomoedas Mercado Bitcoin (MB) recebeu uma nova autorização do Banco Central do Brasil (BC) para atuar como instituição financeira, emitir ativos digitais e gerir contas de pagamento pré-pagas em todo o território nacional.
Esta autorização permitirá que a plataforma realize o lançamento do seu novo serviço fintech denominado MB Pay, o qual planeja oferecer as melhores soluções digitais para todos os clientes.
Segundo o MB, este serviço permitirá que os mais de 3 milhões de clientes da plataforma invistam em renda fixa, realizar staking de suas criptomoedas e acessar outras transações financeiras.
Além disso, a empresa também planeja introduzir o lançamento de um cartão de débito que permitirá aos usuários converter suas criptomoedas em moedas fiduciárias e comprar em diferentes lojas do país.
Mercado Bitcoin e seus problemas na justiça
Na última sexta-feira, 2 de junho, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o Mercado Bitcoin a devolver mais de 2 mil bitcoins a um grupo de clientes supostamente lesados por um dos fundadores do MB.
Segundo a decisão do juiz, a plataforma terá que devolver R$ 300 milhões para quatro usuários, os quais investiram num fundo chamado “Bitcoin Rain” em 2015, que prometia rendimentos de 12% ao mês e era administrado por Leandro M César, cofundador do MB.
Em comunicado à imprensa, o Mercado Bitcoin afirmou que, assim que for intimada na esfera legal, vai recorrer da decisão.
“O MB ainda não foi intimado dessa sentença, mas, confirmada essa decisão, recorrerá no prazo legal”.
Mercado Bitcoin
Por outro lado, o MB declarou que a questão deveria ser resolvida entre seu cofundador, os demandantes e o fundo Bitcoin Rain, visto que na data da instauração do processo o MB não se encontrava registrado como pessoa jurídica, sendo uma parte ilegítima do atual processo.
Estas declarações foram bem recebidas por parte dos usuários do MB que acreditam na inocência da empresa, entretanto, de não serem resolvidos estes inconvenientes, poderiam trazer grandes consequências para a empresa após a autorização recebida pelo Banco Central.