Uma investigação sobre crimes financeiros envolvendo criptomoedas está em curso no Brasil. Recentemente, uma CPI foi instaurada para investigar possíveis pirâmides financeiras envolvendo investimentos em moedas digitais.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) está sendo conduzida por deputados federais em Brasília (DF), em uma comissão especial. A investigação iniciou há algumas semanas, ao mesmo tempo em que a regulação do mercado cripto entrou em vigor no Brasil, com a publicação do Marco Geral das criptomoedas.
Inicialmente, a CPI das Pirâmides Financeiras busca ouvir convidados e convocados pelo grupo de parlamentares. Depois de publicar nomes como do empresário conhecido como Faraó dos bitcoins para depor na CPI, uma nova lista cita novos nomes de representantes de empresas. Eles serão convocados para prestar esclarecimentos sobre negócios fraudulentos envolvendo criptomoedas, em busca de colaborarem com a investigação.
CPI mira pirâmides financeiras no Brasil
Crimes envolvendo investimentos em criptomoedas que ficaram conhecidos em todo Brasil podem ser denunciados na CPI que foi instaurada recentemente na Câmara dos deputados. Com o início dos trabalhos entre os parlamentares, alguns nomes já foram convidados e convocados para depor nos últimos dias.
No entanto, na última reunião da CPI das Pirâmides Financeiras, os deputados federais apresentaram novos requerimentos para depoimentos de pessoas relacionadas a empresas como:
- DD Corporation
- Versobot
- Goeth
- Brainscompany
- Mining Express
- Quotex
- Binarybit
- FXN Global
- NFT Mafagafo
- Xiglute coin
- My Alice
- Atlas Quantum
- Ronaldinho 18k
Ronaldinho Gaúcho também foi convocado
O ex-craque da seleção brasileira, Ronaldinho Gaúcho, figura entre os nomes convocados pela CPI das Pirâmides Financeiras. Em 2019, ele divulgou uma empresa de supostos investimentos em criptomoedas que atraiu de investidores brasileiros.
A empresa, 18k Ronaldinho, usava o nome do jogador para oferecer investimentos em bitcoin com um lucro fixo acima do praticado pelo mercado financeiro. O jogador, que fez propaganda para o negócio, ainda não se pronunciou publicamente sobre a convocação dele para depor na CPI das Pirâmides Financeiras.
Regulação impulsionou investigação
Com a regulação do mercado cripto, crimes financeiros relacionados as criptomoedas estão sendo investigados no Brasil. Antes disso, não existia nenhuma legislação específica que englobasse as pirâmides financeiras com supostos investimentos em bitcoin.
Sendo assim, os deputados federais decidiram abrir uma investigação para abordar práticas criminosas envolvendo investimentos em criptomoedas que resultaram no bloqueio de saques dos clientes, onde alguns negócios chegaram ao fim. Existem empresas que estão sendo investigadas pela CPI que movimentaram mais de R$ 1 bilhão em bitcoin, atraindo investidores com a promessa de lucro fácil.
A CPI das Pirâmides Financeiras é presidida pelo deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade/RJ). Ele foi um dos primeiros parlamentares em Brasília (DF) a propor uma discussão sobre a regulação do mercado cripto no país, e apresentou um projeto de lei sobre o tema ainda em 2015.