Argentinos usam blockchain para receber Pix e fugir da inflação

Argentinos utilizam sistema de pagamento brasileiro para receber em reais em cidades que fazem divisa com o Brasil

Além do Brasil, o Pix já está sendo utilizado como forma de pagamento na Argentina. Em algumas localidades, o real digital se transformou em moeda de pagamento, graças ao uso da tecnologia blockchain.

Além de facilidade nas transações, o recebimento em Pix por argentinos representa outra vantagem: a fuga da inflação que afeta a moeda fiduciária do país. Assim, com o recebimento em real, o Pix se transforma em uma ferramenta indispensável para parte dos argentinos que vivem próximos à fronteira com o Brasil.

Em Puerto Iguazú, por exemplo, é possível comprar comidas tipicamente argentinas e pagar com o Pix. A transação é concluída por um sistema que utiliza tecnologia blockchain, além da modalidade de transações instantâneas.

Pix com blockchain na Argentina

As transações com Pix atravessaram a fronteira com o Brasil. Embora o sistema ainda não esteja disponível para outros países, na Argentina alguns comerciantes já aceitam o real através de transações com o sistema de pagamento criado pelo Banco Central do Brasil, em 2020.

O uso do Pix é apresentado como uma fuga da inflação argentina. Somente nos últimos meses, o país acumula mais de 100% de inflação, o que reflete diretamente na cotação da moeda fiduciária.

As transações são intermediadas por uma empresa, que além da Argentina, possui clientes no México e no Uruguai. Dessa forma, além de atender o cidadão local, o sistema tem atraído pagamentos de turistas brasileiros.

O pagamento pelo Pix acontece através do uso de um QR Code, mas é a tecnologia blockchain que gerencia todo o sistema de transações.

Envio de dinheiro para outro país

O envio de dinheiro através do Pix ainda não é regulamentado para outros países. Sendo assim, na Argentina os comerciantes precisam de um CPF ou CNPJ para aderir ao sistema de transferência instantânea.

Na Argentina, alguns comerciantes usam o nome de terceiros para receber o pagamento em real. Embora o “Pix para exportação” já seja realidade em alguns países, o Brasil estuda formas de exportar a tecnologia, principalmente para países que fazem parte da América do Sul.

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