Um novo documento digital está sendo utilizado no Brasil, chamado identidade nacional. Recentemente, a emissão desse documento atingiu 1 milhão de impressões digitais.
Até então, os dados relacionados à identidade nacional eram gerenciados por API’s. No entanto, com o marco de 1 milhão de documentos, o sistema de gerenciamento de informações mudou para a tecnologia blockchain.
Sendo assim, as novas emissões da identidade nacional serão verificadas pela mesma tecnologia que dá vida ao bitcoin. A blockchain permite uma validação rápida e segura do documento que deve substituir o uso da identidade física e até mesmo o CPF.
Blockchain para emitir documentos
Na última sexta-feira (14), a identidade nacional atingiu 1 milhão de documentos emitidos. A proposta do documento digital é reunir todas as informações necessárias do cidadão.
Para manter o sistema de emissão do documento digital, a tecnologia blockchain substituirá API’s, através de uma plataforma que já é utilizada por órgãos como a Receita Federal e a Serpro.
De acordo com o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão, Rogério Mascarenhas, existem 12 estados oferecendo o serviço da identidade nacional, que agora utiliza a tecnologia blockchain.
“Estamos atingindo 1 milhão de emissões, com 12 estados integrados. Vamos mudar a estrutura, com o CPF como login único. E vamos sair de uma solução de comunicação via API por uma solução de blockchain com o Serpro como parceiro. Isso permitirá uma maior celeridade na troca de informações e de atualização da situação do CPF.”
Como funciona a identidade nacional?
A transição do sistema de emissão da identidade nacional está em curso com a implantação da plataforma blockchain B-Cadastro. É através desse sistema que novos documentos digitais serão emitidos no Brasil, explica Rogério Mascarenhas.
“Hoje é um processo via API e está indo para um processo blockchain. Os estados estão se adaptando a isso, inclusive São Paulo. Na medida que a gente mude essa forma de interação, a adesão será natural. Essa mudança minimiza custos internos para emissão do documento e robustece melhor, se tornando uma via de mão dupla para efeito de atualização do CPF e de ajuste que precisa ser feito. Reduz custo e melhora a eficiência do processo.”
Token e padrão de segurança
Em recente entrevista, Rogério Mascarenhas explica as possibilidades de uso da tecnologia blockchain. A ideia é criar uma carteira digital nacional totalmente tokenizada, ou seja, o documento funcionará como um token, diz ele.
“A nova carteira atua como um token. Em cima dela, o mecanismo de autenticação e assinatura é o Gov.br. É importante ter padrões de segurança nesses dois layers. Imaginamos que em 3 anos e meio, no ciclo de governo fechado, tenhamos uma aceleração da distribuição das novas CINs, que já sai com a possibilidade de a pessoa ser ‘ouro’, tendo um cidadão perfeitamente identificado, capaz de exercer direitos e cumprir deveres no mundo digital de forma plena. Essa é a grande meta.”
Além disso, o sistema deve criar um mecanismo padrão de segurança que deve assumir o papel de uma segunda camada para a rede blockchain responsável por emitir as novas identidades nacionais para os brasileiros.