Em 2022, as stablecoins, respaldadas por moedas fiduciárias, ultrapassaram Mastercard e PayPal em volume de transações. Segundo dados da Bloomberg Intelligence, stablecoins movimentaram US$ 6,87 trilhões, superando os volumes de transações de Mastercard e PayPal. No entanto, ainda ficam atrás da Visa, que processou quase o dobro desse volume, atingindo US$ 11,6 trilhões.
O Presente
Apesar do crescimento impressionante no ano passado, 2023 não foi tão favorável para o mercado de stablecoins. O volume caiu, ficando atrás da Mastercard até o momento. A queda pode ser atribuída à incerteza do atual ambiente regulatório desfavorável nos EUA.
Apesar disso, é de extrema importância estar atento ao contexto atual dos meios de pagamento, e como ele pode influenciar a usabilidade das stablecoins. O PayPal lançou a stablecoin PYUSD em agosto, com planos de avançar para DeFi, enquanto meios de pagamento como Visa, Shopify e muitos outros já compartilharam planos para integrar stablecoins aos seus produtos em um futuro próximo. Além disso, inovações como ativos do mundo real (RWA’s) gerando rendimento em stablecoins estão se tornando cada vez mais populares e acessíveis.
Avanços na acessibilidade da blockchain estão estabelecendo a infraestrutura necessária para a adoção mainstream de stablecoins. Portanto, à medida que o ecossistema cripto continua a se expandir, espera-se que a influência das stablecoins cresça.
Apesar do cenário favorável para o futuro das altcoins, o presente fornece diversos desafios, que afetam negativamente o uso das stablecoins. a Mastercard, por exemplo, decidiu encerrar seus serviços para a Binance, afetando clientes da américa latina e do Oriente Médio, tema abordado em artigo postado na terça-feira. Ademais, em fevereiro, surgiram relatos de que Visa e Mastercard até que o clima regulatório melhorasse para dar avanço à seus projetos com criptomoedas. Enquanto a Visa refutou essas alegações, dados recentes sugerem que ela está ativamente trabalhando em produtos cripto.
Em resumo, com stablecoins superando Mastercard e PayPal em 2022 e o lançamento do próprio stablecoin do PayPal, o futuro dos pagamentos digitais parece estar se encaminhando para um momento de pivô, onde o resultado das pressões regulatórias terá resultados decisivos.