O Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha em ativos totais e número de funcionários, anunciou na última quinta-feira (14) uma nova parceria com a Taurus, uma startup suíça especializada em infraestrutura de criptomoedas. Esta colaboração tem como objetivo principal estabelecer serviços de custódia digital e tokenização para clientes institucionais.
O avanço das entidades tradicionais no mundo cripto
O Deutsche Bank já vinha sinalizando seu interesse no mundo das criptomoedas. Em junho deste ano, o banco solicitou uma licença de custódia de criptomoedas ao órgão fiscalizador financeiro da Alemanha, BaFin. Além disso, em 2021, informações sobre um protótipo de custódia de ativos digitais do banco foram destacadas em um relatório do World Economic Forum.
A parceria com a Taurus, no entanto, solidifica a entrada do Deutsche Bank no mercado de criptomoedas. A Taurus, fundada em 2018 na Suíça, é conhecida por sua infraestrutura de nível empresarial que permite a emissão, gestão, custódia e negociação de criptomoedas, ativos tokenizados e outros ativos digitais. O cofundador da Taurus, Lamine Brahimi, destacou que a parceria foi fruto de um processo de due diligence detalhado, que começou no final de 2021 e culminou em 2022.
As repercussões da nova oferta
Primeiramente, é importante ressaltar que o banco poderá manter apenas uma quantidade limitada de criptomoedas para seus clientes, além de emitir versões tokenizadas de ativos financeiros tradicionais. Além disso, não foram divulgados planos do banco quanto à negociação direta de criptomoedas.
Paul Maley, chefe global de serviços de valores mobiliários do Deutsche Bank, expressou otimismo sobre o futuro do setor. Ele prevê que o espaço das criptomoedas crescerá para trilhões de dólares em ativos, tornando-se uma prioridade para investidores e instituições.
A equipe do banco está agindo com cautela, garantindo que seus serviços estejam em conformidade com os regulamentos disponíveis para esta classe de ativos. Maley assegurou que o design do produto e a natureza da custódia para os clientes garantirão que não haja risco de contaminação das demais atividades do banco. Esse é um passo importante para legitimar o mercado cripto dentro do mundo das finanças tradicionais, e com a crescente adoção, é muito provável que mais bancos sigam o exemplo do Deutsche Bank.