Golpes envolvendo criptomoedas amargaram perdas significativas no terceiro trimestre de 2023 para o mercado cripto. De acordo com um recente relatório da empresa ImmuneFi, fraudes no setor acumularam perdas que superam R$ 3,4 bilhões.
Esses ataques aconteceram entre julho e setembro deste ano, o que representa um aumento de cerca de 150% em comparação com o ano de 2022. A pesquisa aponta que invasões hackers em plataformas do mercado cripto aumentaram de 30 para 76 ataques nesse período.
Ou seja, foram perdidos nas invasões cerca de R$ 1,3 bilhão a mais que no terceiro semestre de 2023, aponta a pesquisa da empresa de segurança em blockchain. Dentre os piores ataques estão as perdas das plataformas Mixin Network e do Multichain.
Mercado cripto perde criptomoedas
O terceiro trimestre de 2023 foi o pior período para perdas no mercado cripto até agora, considerando os ataques do primeiro semestre. Segundo comunicado do CEO da ImmuneFi, Mitchell Amador, esse recorde foi obtido graças a invasões de grande escala entre julho e setembro.
“O terceiro trimestre testemunhou a maior perda deste ano, impulsionada por ataques em grande escala, como o da Mixin Network e do Multichain.”
Somente a Mixin Network perdeu mais de R$ 1 bilhão em criptomoedas no período analisado pela pesquisa. Em segundo lugar na lista está o ataque sofrido pela Multichain recente, que resultou no despido de R$ 627 milhões em ativos digitais como a stablecoin USDC.
Grupo hacker culpado pela invasão
Conforme aponta o relatório da Multichain, a maioria dos ataques direcionados ao mercado cripto foram orquestrados por um grupo hacker norte-coreano, conhecido como Lazarus.
Sendo assim, Mitchell Amador concluiu que as invasões em larga escala tiveram apoio do Estado norte-coreano. Ele fala que o Grupo Lazarus é patrocinado pela Coreia do Norte.
“Os invasores apoiados pelo Estado desempenharam um papel crucial, uma vez que alegadamente estiveram por trás de vários casos neste trimestre.”
Além do mercado cripto, o Brasil lidera a lista de ataques de hackers entre os países da América Latina. Por outro lado, um relatório da Trend Micro aponta que, somente no primeiro trimestre 85,6 bilhões de invasões aconteceram ao redor do mundo, sendo que o Brasil é o segundo país mais vulnerável a esse tipo de incursão, ficando atrás somente dos Estados Unidos.